Amor próprio
Amor próprio não tem nada a ver com ser apaixonado por sua
imagem no espelho - amor próprio não é narcisismo. Amor próprio tem a ver com
exercitar suas escolhas, independentemente do que outros ou outras pensem ou
digam.
Amor próprio tem a ver com seguir seu contentamento, mesmo
que ele seja considerado tolo ou fútil por quem não habita o seu corpo e nem
conhece o interior de sua alma. Amor próprio é saber que, a despeito de
tendências, ou de probabilidades, ou, ainda, das estatísticas que apontam que
ir pelo caminho da direita é mais seguro, ou conveniente... Porque você sabe o que te move, e ninguém
mais. Porque você conhece o que existe dentro do teu coração.
Se engana quem pensa que é necessária beleza física para que
o amor próprio exista - por mais que eu NUNCA tenha conhecido alguém que se ama
de verdade e seja feio; vejam bem, o amor próprio traz com ele uma harmonia
ímpar, que não tem nada a ver com estereótipos ou ícones. Tem a ver com um
contentamento que transborda pelos olhos, pelo sorriso, pelas orelhas até. É
como se cada poro da pele sorrisse a beleza que se sabe que existe do lado de
dentro dos limites do corpo.
Amor próprio tem a ver com respeitar as próprias escolhas e
fazê-las conscientemente. Que, se não, a vida é perdida. Que, se não, a vida é
vazia. Que, se não, a vida não é vivida: é sobrevivida.
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