Esta noite eu sonhei...
Em cada sonho, há um recado especial.
Pela manhã, quando despertamos, ao recordarmos os sonhos que
tivemos durante a noite, lembramos de nossa energia traduzida em imagens e
emoções.
No sonho, não há tempo ou espaço como aqueles com que
estamos acostumados. Não existe a continuidade típica dos conteúdos
conscientes. O passado mistura-se com o presente e o futuro, e encontramos
restos de atividades que se desenvolveram durante o dia. As imagens podem ser contraditórias,
fragmentárias, estranhas. Há uma combinação essencialmente fantástica de
ideias.
A linguagem dos sonhos parece-nos, muitas vezes, obscura,
porque estamos mais acostumados com a linguagem da consciência, que funciona
analisando, separando, explicando e esclarecendo.
O sonho acontece num estado alterado de consciência durante
o sono, que por sua vez, já é uma alteração do estado de consciência habitual
com o qual atuamos durante o dia. Sonhamos com artistas, com pessoas amigas,
com quem amamos, com a escola, com um bicho doméstico ou selvagem. Cada
personagem do sonho é uma parte de nós mesmos.
- Ah! Sonhei com uma onça. Quer dizer que eu sou uma onça?
Não, não é uma onça, mas tem uma energia tão forte quanto a
do sonho, ou tão ameaçadora quanto a dela, ou tão grande quanto ela, ou ainda,
tão bela quanto esse animal, afinal a onça é deslumbrante. Era uma onça grande?
Era uma onça pequena? Era uma onça adulta? O que a onça sugere? O que há de semelhante
entre você e a onça?
São temas para serem apreciados agora que estamos fora da
situação do sonhar. Considerando que o sonho não é mero produto do acaso, por
que surgiu, no sonho, a onça e não um cãozinho?
Você é o "diretor artístico" de seu sonho. Esse
processo vem de uma parte que se mostra quando a consciência dorme. Há, em cada
sonho, um recado pessoal. Preste bem atenção: o recado é pessoal.
Aquele livro assim: sonhar com gato significa..., sonhar com
elefante é..., sonhar com comida é... Aquele livro é muito bom para o autor que
conseguiu decodificar os símbolos dele. Busque decodificar os seus.
Por Maria Aparecida Martins
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